Lançado em 2001, Rebirth marcou um novo começo para o ANGRA. Após a saída de três membros fundamentais — Andre Matos (vocal), Luis Mariutti (baixo) e Ricardo Confessori (bateria) —, muitos fãs ficaram receosos quanto ao futuro da banda. No entanto, o álbum provou que a banda não apenas sobreviveria, mas também evoluiria, com uma nova formação e uma sonoridade renovada.

A nova formação contava com Edu Falaschi nos vocais, Felipe Andreoli no baixo e Aquiles Priester na bateria, além dos guitarristas fundadores Rafael Bittencourt e Kiko Loureiro, os únicos remanescentes da formação original. Juntos, eles garantiram a continuidade da identidade musical da banda, renovando sua sonoridade, mas mantendo a essência progressiva e sinfônica que consagrou o Angra nos anos 90.

O álbum começa com a introdução instrumental “In Excelsis”, que prepara o terreno para “Nova Era”, um verdadeiro hino da banda. Com riffs poderosos e um refrão épico, a faixa rapidamente se tornou um clássico, sendo comparada a “Carry On” (“Angels Cry”, 1993), mas agora representando a nova fase do grupo. Tocada até hoje ao final dos shows, a música foi originalmente composta por Edu e finalizada com a contribuição de Kiko, Rafael e Felipe.

“Millennium Sun” é uma “quase balada”, que começa com um belo arranjo de piano e evolui para uma música mais intensa, com um refrão marcante. A faixa destaca a versatilidade de Edu e remete à atmosfera de “Silence and Distance” (“Holy Land”, 1996).

“Acid Rain” já havia sido lançada anteriormente em versão demo e distribuída em CD físico para os membros do fã-clube antes do lançamento oficial do álbum. A música inicia com um coro em latim e, até hoje, é uma das favoritas dos fãs.

“Heroes of Sand” é a balada mais emocionante do disco, carregada de sentimento e com uma interpretação marcante de Edu, que foi um dos principais compositores da faixa. A música pode ser comparada a “Make Believe” (“Holy Land”) e “Lisbon” (“Fireworks”, 1998).

“Unholy Wars” é um dos momentos mais complexos do álbum, misturando elementos da música brasileira com arranjos orquestrais. A faixa é longa, dividida em duas partes, e lembra bastante “Carolina IV” (“Holy Land”).

“Rebirth”, a faixa-título, encerra o ciclo de renascimento da banda com uma melodia intensa e uma letra inspiradora. Presente no setlist da banda até hoje, é a música que mais simboliza essa segunda fase do ANGRA.

“Judgement Day” é uma das faixas mais subestimadas do álbum. Combinando riffs pesados, melodias marcantes e elementos progressivos, tem um refrão poderoso e destaca a versatilidade dos vocais de Edu. Além disso, é a única música do álbum com participação do baterista Aquiles na composição. Sua sonoridade pode ser comparada à de “Streets of Tomorrow” (“Angels Cry”).

“Running Alone” é uma das faixas mais progressivas do álbum, começando com um arranjo orquestral e um coro, lembrando “Evil Warning” (“Angels Cry”). A música tem um clima cinematográfico, com passagens instrumentais complexas e uma interpretação intensa de Edu. O solo de Kiko é um dos destaques do disco.

Por fim, “Visions Prelude” encerra o álbum com uma bela balada inspirada em Opus 10, No. 3 de Chopin. A faixa é um momento introspectivo e melancólico, destacando o lado mais emocional da banda.

Agora, com o relançamento comemorativo, a banda incluiu versões demo de “Running Alone”, “Acid Rain”, “Rebirth” e “Unholy Wars”. Faixas já conhecidas por alguns fãs, pois Aquiles lançou em seu canal do YouTube já a alguns anos, mas mesmo assim a sua inclusão agrega valor ao lançamento, especialmente para os colecionadores.

Lançado pela Voice Music, assim como a edição de 20 anos do “Temple of Shadows”, “Rebirth” chega também em uma edição luxuosa, com slipcase, pôster e OBI.

Faixas:
1. In Excelsis
2. Nova Era
3. Millennium Sun
4. Acid Rain
5. Heroes of Sand
6. Unholy Wars
I. Imperial Crown
II. Forgiven Return
7. Rebirth
8. Judgement Day
9. Running Alone
10. Visions Prelude

Faixas bônus:
11. Running Alone (demo)
12. Acid Rain (demo)
13. Rebirth (demo)
14. Unholy Wars (demo)