Em uma nova entrevista ao Rockin’ Metal Revival, o vocalista e baixista Glenn Hughes, conhecido como “A Voz do Rock”, foi perguntado para nomear seu guitarrista favorito com quem já tocou. Glenn respondeu (conforme transcrito pelo BLABBERMOUTH.NET): “Eu quero deixar registrado agora. Vou listar alguns para você. Eu toquei com [Joe] Satriani, [Joe] Bonamassa, [Tony] Iommi, [Ritchie] Blackmore, Pat Thrall, Brian May, Jerry Cantrell e Warren Haynes. Eu poderia continuar listando. E Mel Galley e Tommy Bolin. Quero dizer, eu poderia continuar. Mas meu favorito… Eu realmente quero que você destaque este. Meu querido velho amigo – começamos a trabalhar juntos em 1979, Gary Moore foi o melhor.”

Ele continuou: “Agora, pessoas, me entendam bem, eu e o Gary éramos muito próximos. Nós fizemos o álbum ‘Run For Cover’. Quando olho para trás, para o Gary, e olho para trás para eu e o Gary trabalhando juntos e ele tocando no meu estúdio e sentando no meu sofá em casa escrevendo músicas, aquele cara era in-cri-vel-men-te. Quero dizer, in-cri-vel-men-te. Novamente, todas essas pessoas de quem falei são guitarristas icônicos. Quero dizer, eu toquei com todos eles, e tenho muito orgulho de dizer. Bonamassa no momento é… Quero dizer, o Joe é incrível. E o Ritchie [e] Tony. Mas o Gary Moore…”

Hughes já expressou sua apreciação pelo talento de Moore em uma entrevista de 2019 para a revista Rock Candy. Na época, ele disse: “Eu toquei com os maiores guitarristas de todos eles – pessoas como Tony Iommi, Ritchie Blackmore, Joe Bonamassa, Steve Vai, Joe Satriani, Brian May – A lista é interminável. Mas para mim, Gary Moore era a joia da coroa. Sentar ao lado dele no meu sofá e vê-lo tocar com aqueles dedos insanos e criar aquelas melodias insanas, bem, era incrível. Eu já conheci muitos guitarristas, mas esse homem falava diretamente comigo.”

Hughes e Moore colaboraram na metade dos anos 80, quando o primeiro estava passando por tempos difíceis causados ​​por seus problemas com álcool e drogas.

“O que é uma pena é que Gary estava próximo de mim nos anos 80, quando eu não estava no meu melhor”, admitiu Hughes. “Eu trabalhei com ele em seu álbum ‘Run For Cover’ em 1985, mas ele teve que me dispensar.” Na época, palavras duras foram ditas, mas mesmo assim Hughes tinha grande admiração por Moore, tanto como músico quanto como pessoa.

“Gary era Gary“, disse ele. “Quando ele decidia que ia fazer algo, ele fazia. Ele era compassivo e sensível, mas ao mesmo tempo não era alguém com quem você quisesse mexer. Mas o que nunca ouvi o Gary dizer foi ‘Eu sou muito melhor do que aquele cara’ ou ‘Eu sou o melhor’.”

Moore faleceu enquanto dormia em 6 de fevereiro de 2011, horas depois de se hospedar no hotel de cinco estrelas Kempinski em Estepona, na Costa del Sol, Espanha, com uma amiga. Segundo relatos, ele sofreu um ataque cardíaco devido à grande quantidade de álcool que consumiu antes de ser encontrado morto na cama.

Foto de Gary Moore cortesia da Mascot Label Group