Entrevista: Panaceia – O Brasil Agora Tem Um Novo Expoente Para O Exterior
Postado em 14/10/2025


– Nando, muito obrigado por atender a nossa equipe de redação da Arena Heavy. Tudo bem? Como estão as coisas aí na sua região?

Saudações Arena Heavy! Por aqui a cena anda se aquecendo, muitas bandas fazendo suas próprias canções. É um sinal positivo de que a música vem se reciclando.

– Como tem sido a recepção de “Panaceia” até aqui? Fãs e imprensa têm recebido ele bem?

A recepção está sendo muito positiva. Criamos uma boa atmosfera antes do lançamento e a qualidade do disco está em nível internacional, graças ao trabalho de produção do hoje nosso amigo Adair Daufembach. A experiência dele no meio do metal foi crucial para atingirmos o resultado além do nosso imaginado. Consideramos o nosso som pesado, mas ao mesmo tempo polido e acessível. Essa é a nossa ideia, trazer algo mais dinâmico para o público do rock em geral, creio que conseguimos atingir esse resultado e tem sido maravilhoso.

– Vocês estão se apresentando para promover o material? Como tem sido esses shows?

Sim, desde o lançamento estamos tentando marcar o maior número de shows possível. Tivemos algumas oportunidades boas como fazer uma mini tour de 03 datas em Santa Catarina com o Black Pantera, tocamos também com o Desalmado, abrimos show para o Matanza e Massacration e participamos de festivais como o Armagedon metal fest, ao lado da banda Angra, entre outros nomes do cenário. Inclusive nessa ocasião do festival tivemos a participação especial do nosso grande amigo e professor Pompéu da banda Korzus. A energia do nosso show é o ponto forte, a música pesada de certa forma parece atingir com mais força as pessoas. O pessoal também gosta muito de ver nosso baterista Gustavo tocando, é literalmente um show à parte. Sempre brinco que em cada show da Panaceia, surgem 3 novos bateristas por causa dele.

– Nos shows ao vivo, você já consegue identificar quais músicas tem mais apelo do público? Caso consiga, a que você acha que se deve essa resposta positiva?

O público gosta muito da nossa música chamada “porrada”. Vejo que é uma daquelas situações em que o pessoal canta a plenos pulmões e lava a alma nos shows. Criamos ela justamente com a intenção de dar vazão a sentimentos de raiva ou sentimentos que de alguma forma são repressores e precisam ser extravasados. Já na internet a queridinha do público é a Santo forte por ter um ar beirando o otimismo inocente. Se você analisar o nosso disco, as musica estão conectadas, mas não são parecidas, isso gera uma possibilidade maior de mais pessoas gostarem “por aquela ou outra musica”.

– Como a banda funciona na hora de compor? Vocês são mais metódicos ou preferem uma boa jam session em estúdio?

Em geral não somos nada metódicos. Muitas coisas surgem de Jam´s, outras vezes partimos de algum riff que já temos guardado. Necessariamente não precisamos estar juntos pra surgir algo. As vezes até o Gabriel nosso vocalista acaba fazendo uma letra já com a melodia e vamos criando com base nisso, é um processo realmente bem dinâmico e com poucas regras. Quando chegamos a versão de pré-produção, apresentamos ao nosso produtor Adair que coloca a visão dele para fecharmos o que vai ser gravado.

– A arte da capa é simplesmente do caralho! Como vocês chegaram até o conceito dela e o que ela representa para o material como um todo?

Panaceia é a Deusa que cura todos os males, segundo a cultura helenística antiga. Pensamos em criar algo no sentido “como seria a Panaceia nos dias de hoje, além das esculturas antigas e das pinturas”? Foi aí que encontramos por acaso a foto da capa no instagram de uma seguidora nossa e piramos na hora. Conversamos com ela, fizemos poucas edições e atingimos o que ela é hoje. Essa capa além de representar uma “nova Panaceia”, marca uma fase de renovação da nossa banda, principalmente no quesito artístico, então ela tem uma raiz mais profunda, são duas Panaceias se renovando. Outra coisa bacana é que ela faz referência a alguns discos do Deftones que também possuem garotas na capa, e a coloração referência ao clipe de Here to Stay do Korn, duas bandas que nos influenciam muito.

– Estou ávido por mais material vindo de vocês! Existem planos para um novo lançamento ainda neste ano?

Lançamos recentemente um cover da música Ratamahatta do Sepultura com as participações do Pompeu do Korzus e também do Rogério Skylab, uma mistura que quebra qualquer expectativa. Temos ainda mais um single autoral para lançar, estamos avaliando se lançamos esse ano ou no início de 2026. Muitas coisas ainda estão por vir, inclusive o segundo disco.

– Presumo que a banda também queira buscar o mercado internacional! Já existem planos e estratégias para chegarem lá?

Já conversamos a respeito sobre a possibilidade, ainda mais que o Adair mora em Los Angeles, mas por hora nosso foca está em fortalecer a nossa presença no mercado nacional. Mas não descartamos fazer uma mini tour pela Argentina, Chile.

– Ainda temos bastante tempo até fechar o ano, então, o que os fãs podem esperar como novidades vindas do grupo?

Esse semestre estamos nos dedicando a composição do que será nosso segundo disco, já temos algumas músicas bem adiantadas e mais algumas ideias promissoras. Além disso o pessoal pode esperar por shows enérgicos e quem sabe um novo single. Logo saberemos.

– Agora é com você, meu amigo! Aqui é o espaço das considerações finais…

Gostaria de agradecer imensamente o espaço cedido, é sempre um prazer falar sobre música, sobre sonhos e sobre a Panaceia. Para finalizar, sigam a panaceia no instagram @panaceiarock, confira nosso disco no spotify e nosso material disponível no youtube. Um forte abraço

 
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