Regis Tadeu afirma: “Além do Angra, o Deep Purple também é uma boy band”
Postado em 17/12/2025


Felipe Andreoli e Paulo Baron recebem no programa “Assino Embaixo” o crítico mais polêmico do Brasil para uma conversa sincera, provocadora e cheia de nuances.

No episódio mais recente do programa Assino Embaixo, Felipe Andreoli e Paulo Baron saem do formato tradicional de entrevista para colocar o crítico musical Regis Tadeu literalmente “no divã”. A proposta é entender a mente de alguém que desperta reações tão extremas. Entre risos, provocações e reflexões sérias, a conversa expõe as muitas camadas da personalidade de Regis, que garante: ele não é personagem – é autêntico, sempre.

Assista o episódio no YouTubehttps://www.youtube.com/watch?v=UUWrhO3kdRE

Logo no início, Regis afirma: “Eu sou o que eu sou”. Segundo ele, sua postura muda conforme o ambiente, mas sua essência é sempre genuína. Essa autenticidade brutal o tornou respeitado por uns e odiado por outros. Quando é bem tratado, ele retribui com gentileza; quando sente desrespeito, reage com dureza. É essa coerência radical que o diferencia num meio cada vez mais preocupado com likes e filtros.

Durante o papo, Regis defende com firmeza a crítica opinativa. Para ele, não existe crítica imparcial, já que toda análise artística é subjetiva. Critica colegas que “leem releases” e evitam desagradar artistas ou fãs. Ele afirma que o papel do crítico não é convencer, mas provocar reflexão. Em um momento divertido, Felipe Andreoli pergunta: “O Angra é boy band?”. Em resposta, Regis diz que sim e fala qual outra banda além do Angra é boy band: “O Deep Purple também é boy band”. A provocação escancara sua aversão a rótulos rasos e à visão simplista sobre as bandas.

Um dos momentos mais fortes é quando Regis define a diferença entre o “genial” e o “gênio”. Para ele, genialidade pode ser pontual, mas o gênio é transgressor por essência. Ele surpreende ao dizer que Eddie Van Halen – um dos guitarristas mais influentes da história – não é um gênio, mas sim “genial como guitarrista”. Para Regis, o gênio verdadeiro é alguém como Frank Zappa, capaz de romper padrões em todos os níveis.

A conversa também toca em temas pessoais. Em um momento descontraído, Paulo Baron pergunta se Regis sofreu bullying na infância – e se isso explicaria sua postura crítica e por vezes agressiva. Regis não foge da pergunta e compartilha detalhes da infância, revelando que o humor ácido e a crítica cortante têm raízes antigas. É um trecho raro, onde o crítico cede espaço ao homem, sem perder o tom sarcástico que o caracteriza.

Outro ponto polêmico é sua visão sobre o comportamento dos fãs. Regis dispara: “todo fã é idiota”, explicando que a idolatria cega impede o julgamento racional. Ainda assim, faz distinção entre fanáticos e admiradores extremos. A crítica é dura, mas também uma provocação ao público para repensar a relação com seus ídolos. Para ele, o verdadeiro amante da música é aquele que sabe admirar e criticar na mesma medida.

 
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