O bom e velho (Morgana) Lefay
Postado em 21/12/2024


De vez em sempre é bom revisitar alguns discos, e hoje relembraremos o clássico The Seventh Seal, do Lefay. Este álbum, lançado em 1999 pela Noise Records, marcou a estreia da banda sob o novo nome após a mudança de Morgana Lefay devido a questões legais. Até então, a formação original havia lançado cinco álbuns, mas disputas internas levaram à divisão do grupo. Enquanto alguns membros seguiram com o nome Morgana Lefay, lançando um álbum autointitulado no mesmo ano, Charles Rytkönen (vocal) e Tony Eriksson (guitarra) optaram por começar uma nova jornada com o Lefay.

E quem saiu ganhando foi a dupla. Mantendo a essência sonora que já conquistara os fãs, Rytkönen e Eriksson elevaram a densidade e a dramaticidade das composições. Na época de seu lançamento, The Seventh Seal dividiu opiniões. Embora algumas resenhas elogiassem a profundidade e diversidade do álbum, outras destacavam seu tom sombrio. Um exemplo é a análise publicada pelo site Metal Crypt, que observou: “O álbum é tão sombrio que, em alguns momentos, é simplesmente deprimente.”

Mesmo com críticas mistas, o desempenho de Charles Rytkönen se destaca como ponto alto, com interpretações intensas e cheias de emoção que ampliam o caráter épico das músicas. Já os riffs pesados e cativantes de Tony Eriksson complementam a atmosfera do álbum. Para compor essa nova formação, a dupla recrutou ex-integrantes do Fantasmagoria: Peter Grehn (guitarra), Micke Åsentorp (baixo) e Robin Engström (bateria). Juntos, entregaram um trabalho coeso e consistente.

Entre os destaques do álbum, vale mencionar a grudenta “The Boon He Gives”, a sombria “Hårga” e a poderosa abertura com “End of Living”. O som do Lefay mescla Heavy Metal tradicional, Thrash, Power e até elementos de Doom, resultando em uma experiência sonora rica e variada.

Além disso, o trabalho gráfico também merece atenção. Mais uma vez, o renomado artista Kristian Wåhlin criou uma belíssima capa, enquanto a produção de Ulf Petterson – já conhecido pelos trabalhos com o Morgana Lefay – garantiu a qualidade sonora impecável.

Após mais dois álbuns sob o nome Lefay, Rytkönen e Eriksson conseguiram retomar o antigo nome e continuaram sua trajetória. Mas isso é assunto para uma próxima oportunidade.

 
Categoria/Category: Destaque · Resenha de Discos
Tags:

TOP