Os fãs do Megadeth ao redor do mundo foram surpreendidos nesta quinta-feira (14 de agosto) com uma notícia que marca o fim de uma era no heavy metal: o próximo álbum de estúdio da banda, o 17º de sua carreira, será o último. A turnê mundial que acompanhará o lançamento também servirá como despedida definitiva dos palcos.

A revelação aconteceu após uma contagem regressiva misteriosa no site oficial do grupo, que chegou ao fim às 11h (horário de Brasília). No momento do encerramento, uma mensagem assinada pelo icônico mascote Vic Rattlehead confirmou o encerramento das atividades. Pouco depois, os fãs receberam um comunicado assinado por Dave Mustaine. “Não fiquem com raiva, não fiquem tristes, fiquem felizes por todos nós. Venham celebrar comigo nos próximos anos. Fizemos juntos algo verdadeiramente maravilhoso e que provavelmente nunca mais acontecerá”, declarou o vocalista e guitarrista.

Embora muitos já aguardassem que a contagem revelasse apenas um novo disco, poucos imaginavam que se trataria do capítulo final da história do Megadeth. Desde então, as redes sociais têm sido tomadas por manifestações de surpresa, emoção e gratidão vindas de todas as partes do mundo.

Formado em 1983 por Dave Mustaine após sua saída do Metallica, o Megadeth tornou-se um dos pilares do thrash metal, ao lado de Metallica, Slayer e Anthrax, compondo o chamado Big Four do gênero. Ao longo de mais de 40 anos, o grupo lançou clássicos como Peace Sells… But Who’s Buying? (1986), Rust in Peace (1990) e Countdown to Extinction (1992), influenciando gerações de músicos e consolidando um legado inquestionável.

Com mais de 50 milhões de discos vendidos e uma sonoridade marcada por riffs técnicos, letras afiadas e temas que vão da política à guerra, o Megadeth sobreviveu a mudanças de formação, crises internas e desafios de saúde, sempre mantendo Dave Mustaine como força criativa central.

O anúncio do fim abre espaço para especulações sobre o conteúdo do último álbum e o formato da turnê de despedida. Para muitos, será uma oportunidade única de testemunhar ao vivo um dos nomes mais importantes da história do metal. Para outros, um momento agridoce, marcado pela celebração e pela saudade antecipada.