Durante sua participação no podcast Lipps Service With Scott Lipps, Kerry King, guitarrista do lendário SLAYER, foi questionado sobre quais álbuns ele considera “perfeitos” de algumas das suas bandas favoritas. Em resposta (transcrição por BLABBERMOUTH.NET), ele destacou os seguintes clássicos:
- Judas Priest: “Se eu tivesse que escolher, não seria ‘British Steel’; seria ‘Stained Class’.”
- Black Sabbath: “‘Sabotage’.”
- AC/DC: “‘Powerage’.”
- Iron Maiden: “Essa é difícil, porque ‘Killers’ e ‘The Number Of The Beast’ têm vibes muito diferentes. Eu provavelmente ficaria com ‘Number Of The Beast’, porque acho que, no geral, ele é mais forte que ‘Killers’.”
- Metallica: “‘Master Of Puppets’. É um álbum incrível.”
Kerry King e o tributo a Iron Maiden
Recentemente, King e sua banda solo prestaram uma homenagem ao ex-vocalista do Iron Maiden, Paul Di’Anno, ao incluir um cover da clássica “Killers” em seus shows na Austrália, incluindo apresentações no festival Good Things. Em entrevista ao podcast Everblack, King explicou por que decidiu adicionar a música ao setlist: “A Austrália foi o primeiro lugar onde tocamos ‘Killers’… É algo legal, porque, embora meu [álbum solo de estreia] ‘From Hell I Rise’ já esteja disponível há seis, sete meses, muita gente ainda não o conhece. Quando montei o setlist, pensei: ‘Vai ter um monte de gente que nunca ouviu ‘Crucifixation’ [uma faixa do álbum], então por que não tocar algo que eles conheçam?’ Foi assim que decidimos incluir ‘Killers’. E quando fizermos a turnê principal nos EUA, em janeiro, vamos continuar tocando ‘Killers’.”
Opiniões sobre Iron Maiden e Bruce Dickinson
Quando perguntado pelo programa Riff X’s Metal XS se havia ouvido o último álbum solo de Bruce Dickinson, “The Mandrake Project”, King comentou: “Não ouvi o novo álbum do Bruce, mas um amigo me disse que é melhor do que o do Maiden. Não me surpreenderia. Nada contra o Maiden, mas as músicas deles ficaram tão longas que eu simplesmente não tenho paciência. Meu foco não dura tanto assim.”
King parece se referir aos dois últimos álbuns duplos do Iron Maiden, “The Book Of Souls” (2015) e “Senjutsu” (2021). O primeiro conta com a extensa “Empire Of The Clouds”, de 18 minutos, enquanto o segundo tem três músicas com mais de 10 minutos cada.
Black Sabbath: o álbum que King levaria para o espaço
Em outra entrevista, desta vez ao Wall Of Sound da Austrália, King foi perguntado qual álbum do Black Sabbath ele levaria se o planeta estivesse prestes a ser destruído e todos fossem embarcar em uma nave espacial. Ele respondeu: “Eu levaria… É fácil e difícil ao mesmo tempo, porque sou um super fã do [Ronnie James] Dio. Mas levaria ‘Sabotage’. Tem algo na vibe desse álbum. É incrível. Quer dizer, todos são, mas tem algo especial nesse. Talvez ‘Symptom Of The Universe’. Não sei. É pura badassery do começo ao fim.”
Kerry King continua celebrando os ícones do metal
Mesmo após décadas como um dos pilares do thrash metal com o Slayer, King continua exaltando os gigantes do metal que moldaram o gênero. Suas escolhas refletem sua admiração por obras clássicas que marcaram a história da música pesada.
Em 2017, o lendário guitarrista do Slayer, Kerry King, listou “Sabotage”, do Black Sabbath, como um de seus 10 álbuns favoritos de metal, em uma entrevista à Rolling Stone. Na ocasião, ele comentou: “‘Sabotage’ é um disco muito pesado. Tem tantas músicas boas. Quando escolho álbuns, penso nos que sou compelido a tocar enquanto treino ou dirijo, e ‘Sabotage’ foi minha escolha para o Sabbath. Ele tem ‘Megalomania’, ‘Symptom Of The Universe’, que definitivamente tem atitude, ‘Hole In The Sky’. E tem o instrumental ‘Supertzar’. Amo essa música. Por algum motivo, ela me prende.”
Primeiras Experiências com Judas Priest
Ainda em 2017, King relembrou para o Phoenix New Times a primeira vez que ouviu ou viu o Judas Priest ao vivo. Ele afirmou: “A primeira vez que os vi ao vivo foi na turnê de ‘Point Of Entry’. Eu sigo cronologicamente pelos álbuns, não pelas datas… Acho que foi em 1980 ou 1981. Quando ‘British Steel’ foi lançado, eu era muito jovem para ir ao show sozinho. Foi aí que os conheci pelo rádio. Naquela época, sem Internet, as músicas que eu ouvia eram ‘Breaking The Law’ ou ‘Living After Midnight’, que são basicamente músicas de rock and roll. Mas quando você pega ‘British Steel’ e descobre ‘Rapid Fire’, começa a fazer sua ‘lição de casa retrô’, como eu chamo, e encontra ‘Hell Bent For Leather’ (1978), ‘Sad Wings Of Destiny’ (1976) e todos os clássicos originais. Então percebe que há muito mais nessa banda do que ‘Living After Midnight’.”
King também elogiou Rob Halford, chamando-o de “ninja vocal”: “O que ele fazia nos anos 70, 80, até mesmo 90, e ainda hoje, é incrível. Ele já não alcança as notas do auge de sua carreira, mas entrega um show espetacular. Aquela performance estridente, aquele grito louco do Rob Halford, foi o que me cativou. Não era sobre usar couro e correntes, mas, claro, o Priest é um ícone para mim. Acho que você passa o início da carreira imitando seus ídolos, e definitivamente fomos culpados disso.”
“Stained Class” como o Álbum Definitivo do Judas Priest
Em outra conversa com a Rolling Stone, King afirmou que “Stained Class” é o álbum mais completo do Judas Priest: “Adoro a introdução de ‘Stained Class’. Rob Halford é meu cantor favorito de todos os tempos, seguido de perto por Ronnie James Dio e Bruce Dickinson. Há riffs em todos os álbuns do Priest, mas em ‘Stained Class’ eles realmente definiram o som que a banda teria. Parecia mais coeso do que ‘Sin After Sin’ e ‘Sad Wings Of Destiny’. Para mim, foi onde tudo se encaixou. Nós já havíamos feito um cover de ‘Dissident Aggressor’ [de ‘Sin After Sin’] porque era super pesado, mas muito obscuro. E mesmo depois de gravá-lo, muitas pessoas ainda pensavam que era nossa música. Mas em ‘Stained Class’, eles acertaram em cheio com o som das duas guitarras, algo mais refinado. Da mesma forma como ‘Reign In Blood’ definiu o som futuro do Slayer.”
Maicon Leite atua como Assessor de Imprensa com a Wargods Press e é co-autor do livro Tá no Sangue!, e claro, editor do Arena Heavy!
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