– Sandro, muito obrigado por atender a nossa equipe de redação da Arena Heavy. Tudo bem? Como estão as coisas por aí?
Tudo em ordem pessoal. Nós que agradecemos e ficamos muito honrados por seu interesse pelo Dicentra.
– Como tem sido a recepção de “Crossing” até aqui? Fãs e imprensa têm recebido ele bem?
Com certeza, estou respondendo muitas entrevistas como essa e temos ainda várias participações em programas de rádio e “podcasts” agendados. Em relação à receptividade pelo público, está sensacional. No sábado (06.09) fizemos um show em Paulínia-SP que foi simplesmente esplêndido, com o público presente cantando nossos refrãos em uma empolgação muito cativante. É isso que paga todo o esforço pra se apresentar no Underground.
– Vocês estão se apresentando para promover o material? Como tem sido esses shows?
Excelentes. Na verdade o álbum “Crossing” não teve segredo desde a primeira música que compusemos que foi a “Prison”. Assim que ela estava pronta, apresentamos em um show em Guarulhos-SP. Da mesma forma ocorreu com as subsequentes. Pra vocês terem uma ideia em janeiro/25 lançamos o álbum ao vivo “Dicentra Alive” que contém 11 das 12 músicas do “Crossing”. Então, já estamos promovendo o álbum desde janeiro de 2024. E, isso não tirou nada da curtição do público. Acho que até aumentou.
– Nos shows ao vivo, você já consegue identificar quais músicas têm mais apelo do público? Caso consiga, a que você acha que se deve essa resposta positiva?
Com certeza. As músicas em geral são bem cativantes. Posso citar a canção “Prison” que é a de abertura do álbum, a canção “Woman In Rock” que é uma homenagem às mulheres envolvidas de alguma forma com o Metal Underground, a canção “Island Buffaloes” que fala da história dos búfalos da Ilha do Marajó-PA, as canções “Sweet Look”, “Still Mountains And Volcanoes” e Between Songs And Verses” que são emocionantes e, a canção “Crossing” que intitula o álbum e é, simplesmente, sensacional. As reações positivas do público ocorrem devido a nossa energia, dedicação ao Dicentra e honestidade em todos os aspectos relacionados. Isso fica transparente e o público está, realmente, dando muito valor.
– Como a banda funciona na hora de compor? Vocês são mais metódicos ou preferem uma boa jam session em estúdio?
O processo de composição do Dicentra, desde o álbum “Crossing”, é feito com bastante naturalidade. Cada um trás suas influências, as vezes, através de riffs de guitarra ou linhas de baixo, ou até mesmo letras escritas e, juntamos tudo e vamos compondo parte por parte de cada música. O interessante é que procuramos não seguir uma receita certe, por exemplo: estrofe/estrofe/refrão/solo/estrofe/refrão. Sempre procuramos alterar esta ordem e deixar cada canção o mais próximo possível do surpreendente e emocionante.
– A arte da capa é simplesmente do caralho! Como vocês chegaram até o conceito dela e o que ela representa para o material como um todo?
A arte da capa que foi desenvolvida pela designer Kell Cândido (kellcandido.com), representa um mundo todo destruído que, não vai demorar a acontecer, e no centro um portal de passagem para um lugar melhor pelo qual nenhum ser humano terá a capacidade de atravessar. O aspecto ambiental nas letras do Dicentra é bem evidente. Assuntos que tratam da preservação da flora e, principalmente, da fauna são constantemente abordados. O descaso que o ser humano tem para com o planeta e suas espécies nativas nos deixa enojados, então, cantamos bastante sobre isso. A letra da canção “Crossing” trata da passagem entre a vida e a morte. É a ilusão de que tudo será perfeito pós-morte, escrita de forma poética.
– Estou ávido por mais material vindo de vocês! Existem planos para um novo lançamento ainda neste ano?
Até o final de 2025 continuaremos trabalhando o “Crossing” nos shows, não deixando de lado as faixas do “Bloody Heart”. No entanto, já estamos compondo o material do álbum novo e pretendemos entrar em estúdio no início de 2026. Inclusive, já estamos com 5 sons novos e no show de Paulínia-SP já tocamos um deles (não conseguimos manter segredo mesmo kkk). O som chama-se “I Don’t Live In This World” e, acabamos fechando nossa apresentação com ele quando a galera pediu um “bis”.
– Presumo que a banda também queira buscar o mercado internacional! Já existem planos e estratégias para chegarem lá?
Sim. Estamos em negociação com a nossa gravadora MS Metal Records para chegar ao melhor acordo de distribuição do “Crossing” na Europa. Esperamos que dê tudo certo e, ainda este ano, a música do Dicentra esteja tocando lá fora.
– Ainda temos bastante tempo até fechar o ano, então, o que os fãs podem esperar como novidades vindas do grupo?
Se não conseguirmos manter em segredo as canções novas (é claro que não vamos conseguir kkk), com certeza, nos próximos shows apresentaremos algumas. Mas os shows dessa “tour” do “Crossing” estão, realmente, muito satisfatórios para nós e, vamos sempre dar o melhor de nós para ficarem cada vez melhores e surpreendentes.
– Agora é com você, meu amigo! Aqui é o espaço das considerações finais.
Pessoal. Muito obrigado por essa entrevista e pelo interesse de vocês do Arena Heavy em nosso trabalho. Costumamos dizer que “o Dicentra é grande” e vamos procurar mostrar isso para o mundo todo. Nossa luta é constante, mas fazemos tudo com o máximo de honestidade e respeito em relação ao público. E, o melhor é que estamos fazendo simplesmente o que amamos. Vida longa ao Metal Underground Autoral!!!
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